eu que te vejo ao meio-dia sob o sol de agosto
persigo a tua sombra mÃnima sobre as rochas em fogo
eu que te invento em cores pálidas na planÃcie
capto o teu pensamento a quatro dimensões
preso no futuro te vejo abandonado
tu a quem o destino roubou a alma o corpo a essência
sonho-te em transparências de rarefeitos ares
a cavalo no vento do deserto incomensurável
na palma da minha mão ainda tenho as cinzas
da paisagem por ti desenhada no meu peito
m.f.s.
miguel torga / flor da liberdade
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Sombra dos mortos, maldição dos vivos.
Também nós… Também nós… E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade...
Há 10 horas
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