A PORTA BRANCA
Por detrás desta porta,
uma de todas as portas que para mim se abrem e se fecham,
estou eu ou o universo que eu penso.
Deste meu lado, dois olhos que vigiam
os fenómenos naturais, incluindo a celeste mecânica
e as sociedades humanas, sedentárias e transumantes.
Mas podem os olhos fazer a sua enumeração,
e pode o pensado universo infindamente ir-se,
que para mim o que hoje importa
é aquela olhada vaga porta.
Que ela seja só como a vejo, a porta branca,
com duas almofadas em recorte,
lançada devagar sobre o vão do jardim,
onde o gato, por uma fenda aberta
pela sua pata, tenta ver-me,
tão alheio a versos e a universos.
Fiama Hassa Pais Brandão
Cenas Vivas
Relógio d´Água
jack gilbert / prometido
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Ouves-te a caminhar pela neve.
Ouves a ausência dos pássaros.
Uma quietude tão completa, que ouves
o sussurrar dentro de ti. Sozinho,
manhã após manhã, e ...
Há 9 horas





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