as manhãs desaparecem
longamente revividas nas
noites brancas
em branco
as doces mãos de forte ressonância
devolvem-nos o ondular dos cabelos
em fios de seda mongólica
meu coração não sabe
não sabe da vida a trama
das paisagens os arames
farpados
os devotados unicórnios
correm como cometas
em cápsulas do tempo
intemporal
sonhar não fazia parte dos
meus planos
eu que só sonho ao crepúsculo
e correr pelas veredas
com trevos nas bermas
levar-me-ia a tempos
esbatidos
mas vou
irei
de saltos rasos
até aos miradouros
das serras escondidas
nas aguarelas chinesas
os tritões
dos rios em tumulto
não intimidam a minha timidez
melancólica
mfs
antónio dacosta / ó dia de sol e morte
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3.
Ó dia de sol e morte
As flores eram venenosas
As moscas eram negras
O azul tenebroso
Tanta luz impiedosa
Sobre o luto da terra
*antóni...
Há 1 dia