dentro de cada um de nós há uma sombra agachada
algumas daquelas estrelas que se deixam arrastar pelas espumas dos mares quando rugem
algumas delas constroem armadilhas nas praias onde as algas se enrolam nos tornozelos dos incautos
há sílica nessas estrelas e mais coisas maravilhentas
o homem com sangue nos cabelos contempla o vento ternurento que lhe enche as narinas
as focas cantam de barriga para o ar
um dedo desenha volutas sobre as nuvens
os arcos góticos
espreitam
cesare pavese / uma obra não resolve nada
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18 de Agosto 1947
Uma obra não resolve nada, assim como o trabalho de uma geração inteira não
resolve nada. Os filhos – o amanhã – recomeçam sempre e i...
Há 4 horas





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