todas as vozes se estilhaçam como pedras atiradas sobre águas paradas
todos os corações têm compartimentos secretos onde chave alguma permite a entrada
levo comigo um fio de ariadne para não me perder no mar da minha paisagem
respirar os pólens dos campos sobrevoados por sons inaudíveis dos atarefados insectos
vislumbrar o salto da lebre
a toca do grilo cantante
o restolhar que a serpente desenha no trigo decepado
rebolar pelas leves encostas das colinas verdes
fechar os olhos à luminosidade da luz que vem do alto
deixar-se possuir pelo súbito silêncio do crepúsculo tingido das cores que dizem adeus
abraçar as árvores
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 1 dia





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