as paredes do meu interior
vazio
soltam folhas secas
veludos esgarçados
cristais baços
as paredes forram-se de anseios
jornadas de cinza
dedos apontados
à culpa dos cadastrados
vozes em estilhaços agudizam
o estertor das paredes desnudadas
com paisagens implícitas nos rodapés
interruptores de vidas ideais
onde o real se atormenta
forro as paredes de mim
de sedosas certezas
luxos de concubinas
asas perfumadas com olhos azuis
corações mágicos
nas noites de cometas perdidos
mfs
eugénio de andrade / aos inimigos
-
Falta ainda trazer a estas páginas, nem que seja obliquamente, esses que
engordam com o ódio. Vêm ao anoitecer, no rastro lento da melancolia, a
enxú...
Há 7 horas
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