as pequenas águas borbulhantes
lambiam amorosamente as ervas longamente verdes
lançavam salpicos de luzes sobre as sombras adormecidas
nos côncavos dos pensamentos errantes das margaridas
as asas em silvos dos gafanhotos de esmeralda
faziam fremir as alegres esperanças dos girinos
recém trazidos ao pequeno universo das bolhas aquosas
as mãos das crianças assustavam a passarada
e refrescavam os dedos pequenos e crueis
no cristal líquido das inocentes fontes de frescura
apenas um acontecimento para sempre eternizado
para sempre repetido nas diversas hipóteses de vidas
para sempre pulsante repercutindo-se na eternidade
mfs
cesare pavese / uma obra não resolve nada
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18 de Agosto 1947
Uma obra não resolve nada, assim como o trabalho de uma geração inteira não
resolve nada. Os filhos – o amanhã – recomeçam sempre e i...
Há 1 hora





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