Eu acabo a tua litania com uma flor atrás da orelha
Fulgurante anil reflectido nas íris dos meus olhos
Ausentes das paisagens
Das montanhas em silêncio
Dos mares que rugem
Invento novos ritmos de bambus
Percussões rasas de sons cavos
Harmonias em síncopes esfumadas
E trémulas
Como o calor que sobe das estradas
Corto as copas das árvores com o roçar de leves e olorosas
Cadências
Gosto de fechar os olhos
E ver as formas Oníricas que se
Desenham nas pálpebras interiores
A passagem das sombras de insectos
De capim na sua dança tropical
Os pólens pressentidos
Nos campos onde a alma se deita
O som que se espalha
No céu de brilhos nublados
Levanta-me do sonho desperto
Lento
Volátil
ffg
carlos de oliveira / porta
-
A porta que se fecha
inesperadamente na distância
e assusta o romancista
que descreve o seu quarto de criança
(é difícil dizer
se os velhos arquitectos...
Há 22 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário