as roupas
as roupas estão
rotas
desfeitas em rasgões
esgarçadas
meias esburacadas
luvas engelhadas
em rugas circunflexas
botões perdidos
nas escadas
do metro
fiapos
as roupas estão
em fiapos
que a aragem
movimenta
a cor estraçalhada
os ombros
as costas gastas
os dedos dos pés
das mãos
alvejam
nos buracos
das roupas
que se desfazem
em ritmo
escanzelado
mfs
emanuel jorge botelho / claro/escuro
-
faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 8 horas
1 comentário:
Não descobri um robot, como o que disse lá atrás que lhe daria jeito
- mas descobri «isto»:
http://www.youtube.com/watch?v=P9Fyey4D5hg
rsrsrs
Enviar um comentário