terça-feira, novembro 30, 2010

sábado, novembro 27, 2010

Exposição

um jantar simpático depois da exposição da Manuela Cristóvão

ontem e hoje

ontem foi um dia bom
almocei com família e houve tempo suficiente para se conversar
ofereci um dos meus quadros

e vi o recém-chegado à família
um adorável menino

vi igualmente os irmãos
todos crianças lindas

e que não fossem
seriam sempre adoráveis

hoje continuamos as arrumações no sótão
as coisas vão-se encaminhando

o candeeeiro da salinha de jantar deixou de funcionar outra vez
já foi "arranjado" 5 vezes
acho que isto não abona em favor de alguns dos nossos electricistas
aliás penso que estamos numa época de incompetências
os bons profissionais não abundam
e os outros ainda por cima querem ganhar o totoloto em cada trabalhinho

quinta-feira, novembro 25, 2010

hoje

melhor hoje que ontem

arrumar roupas
escolher as que levo

reparei que o tecto tem uma fissura
se calhar é das caixas com livros que coloquei no sótão
mais uma maçada

e os papeis que nunca mais acabam

quarta-feira, novembro 24, 2010

...

falta pouco mais de um mês para me ir embora

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hoje tem sido um dia chato
ontem foi a inauguração da exposição da Manuela
ao jantar houve oportunidade para conhecer melhor uma colega
através de uma conversa sobre o que somos e como somos

gostei

sábado, novembro 20, 2010

escrito

fímbrias

segura o poema na paisagem com dedos de agulha

pelas fímbrias dos caminhos as palavras diluem-se em pulseiras

de vidros foscos

renascem as ervas felpudas nas cabeças descoroadas

pelas revoltas dos legumes

os canaviais sussurram medos de alienígenas

engole a flor desbotada do arbusto irritante

larga uma letra do poema

mais outra

mais outra

o poema escangalha-se

planta-se nas ervas craneanas

de um golpe habilidoso as canas vergam-se

à navalha de vento

o segredo dos medos evola-se no

fumo nublado dos olhos encegados

desfaz-se em flocos de neve envidraçada

sobre os lagos distantes dos satélites de

Saturno

m. f. s.

18-10-2005

escrito

24-07-2005

sob os pés se despenham as horas
o tempo desfaz-se em nuvens de nada

sou transparente

não me ilumina a luz do dia
nem os relampejos das estrelas
nem a prata lunar me toca

sou invisível

uma pena levemente me toca

sou de mármore

a água penetra em minhas veias

sou um rio

as pupilas rasgam os negros nocturnos

sou asfalto

as asas que se fecham pra morrer
cobrem os corpos abandonados das silfides
os centauros murmuram cantos sagrados

sou um desenho

há sereias nas cascatas
esfinges nos penhascos
Orfeu toca a sua flauta

sou uma linha

m.f.s.
já sangravam os céus e eu caía
eu caía

abriram-se rochas de majestosa rudeza
e eu caía

as asas dos ventos aplanavam os campos
os horizontes fugiam

a paisagem contorcia-se
reflectida no meu corpo
que caía

as fontes gritavam em golfadas vermelhas
que sobre mim caíam

que sobre mim caíam

mfs

escrito

25-05-2005

talvez não se saiba nunca porquê
como
para quê

o movimento é perpétuo
nos nossos átomos
nas circunvalações
do nosso cérebro

no cair das células
na paisagem
onde pernoitamos

talvez já saibamos tudo
e não saibamos

sentimos o corpo
que se transforma
em outras energias

amamos as outras vidas
donde viemos
e para onde iremos

mergulhamos nas ondas
dos outros eus

dos outros que nos reflectem
e a quem reflectimos

talvez ainda não tenhamos
descoberto
o nosso parentesco
com aquele
que contestamos

talvez esteja escondido
nas noites da ignorância
o elo que nos transforma
uns nos outros


m.f.s.

escrito

Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008

escrito

cada manhã o vento varre a luz matinal engolindo
nas suas fauces o temor das crianças
o gorgulhar das águas tempestuosas
e sonha-se com os invernos de gelo e neve
chuvas furiosas sobre lagos escurecidos
lagartos verdes enregelados
andorinhas que voam para o calor
flores por nascer frutos ainda remotos

arranha-se uma qualquer melodia num piano
envelhecido e renitente melancólico quanto baste
os dedos hesitam sobre o teclado desistem
coçam a cabeça abandonam os sons suspensos
na atmosfera ainda quente da noite passada

o telefone parece retinir impernitentemente
abafando a tosse do ancião à porta da cozinha
os gatos estão milagrosamente quietos
cheira a café

mfs

sexta-feira, novembro 12, 2010

Useful Dog Tricks performed by Jesse

Que maravilha de canito
Obrigada samartaime

terça-feira, novembro 09, 2010

domingo, novembro 07, 2010

No CCB

quinta-feira, novembro 04, 2010

escrevinhação

as roupas
as roupas estão
rotas

desfeitas em rasgões

esgarçadas

meias esburacadas
luvas engelhadas
em rugas circunflexas
botões perdidos
nas escadas
do metro

fiapos
as roupas estão
em fiapos
que a aragem
movimenta

a cor estraçalhada

os ombros
as costas gastas
os dedos dos pés
das mãos
alvejam
nos buracos
das roupas
que se desfazem
em ritmo
escanzelado

mfs