começa a crescer-me cá dentro um medo
mais um
se eu pudesse viver numa montanha
com uns autómatos
para me fazerem as malfadadas
tarefas caseiras
e um anjo de serviço
para me levar ao colo
pelos ares
e um sítio no meio do mato para
me sentar a meditar
a divagar
a esvaziar
a mente
o coração
e ser mais uma pedra
uma folha
um ramo partido
ou ser
antes
nada
de nada
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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