no silêncio das paisagens
das mulheres que desesperam
fermentam as agulhas enferrujadas
que bordam os contornos
dos vazios enevoados
que se agarram às bainhas
das saias envelhecidas
e sugerem pássaros bordados a seda
a desfazerem-se em farrapos de rendas
que se enterram nos tornozelos
fragilizados que aquiles lhes doou
agulhas vespertinas
que contra o céu se iluminam
como fogo de artifício
causador de cegueiras momentâneas
e súbitos terrores
as mulheres que desesperam
espreitam os horizontes de águas
imaginam naus bojudas
encimadas por bandeiras mortíferas
lembram-se de catrinetas
cogitam distraidamente
sentadas nas rochas
com laranjas no colo
ffg
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 1 dia





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