domingo, junho 27, 2010

escrevinhando

Não há sombras de folhagens nas minhas janelas
O sol arde nos vidros sem cortinas

Nos telhados fronteiros os pombos fazem ninhos
Nos algerozes entupidos

Uma jovem gaivota grita no ninho de seus pais
E responde às minhas tentativas de diálogo

Espero vê-la lançar-se sobre o parapeito
Para me conhecer

Pequenos tufos de plantas cumprem o seu ciclo de vida nos beirais

As chaminés parecem prontas a desmoronar-se
Com as antenas televisivas quase obsoletas

A chinfrineira da recolha das garrafas dos bares
Faz-me ranger os dentes

Hoje é domingo

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