Não há sombras de folhagens nas minhas janelas
O sol arde nos vidros sem cortinas
Nos telhados fronteiros os pombos fazem ninhos
Nos algerozes entupidos
Uma jovem gaivota grita no ninho de seus pais
E responde às minhas tentativas de diálogo
Espero vê-la lançar-se sobre o parapeito
Para me conhecer
Pequenos tufos de plantas cumprem o seu ciclo de vida nos beirais
As chaminés parecem prontas a desmoronar-se
Com as antenas televisivas quase obsoletas
A chinfrineira da recolha das garrafas dos bares
Faz-me ranger os dentes
Hoje é domingo
álvaro de campos / há tanto tempo que não sou capaz
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Há tanto tempo que não sou capaz
De escrever um poema extenso!
Há anos...
Perdi a virtude do desenvolvimento rítmico
Em que a ideia e a forma,
Numa ...
Há 4 horas
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