no ar volátil das brancas montanhas
as libéluas
ostracisadas
perdem o irisado das longas asas
os flocos azulados que caem
acariciam as rochas
ligeiramente moventes
à beira das frestas escancaradas
nos flancos das elevações
as pestanas sustentam congeladas
gotas
a pele das faces retalhadas
encolhe-se sobre os ossos
engelha-se
lentamente o sol levanta-se
derrama sobre as neves o seu ouro
matinal
os texugos estremecem
num qualquer lugar
onde há texugos
ffg
cesare pavese / uma obra não resolve nada
-
18 de Agosto 1947
Uma obra não resolve nada, assim como o trabalho de uma geração inteira não
resolve nada. Os filhos – o amanhã – recomeçam sempre e i...
Há 6 horas





Sem comentários:
Enviar um comentário