Meu amor, vai vingar o sangue dos mártires
Antes de mereceres o refúgio dos meus seios
Possas tu morrer no campo da honra, meu amado
Para que as moças cantem a tua glória quando forem buscar
água à fonte
Ó meu amor, se nos meus braços tremes tanto
Que farás quando do choque das espadas saltarem mil faíscas?
Hoje, durante a batalha, o meu amante voltou as costas ao
inimigo
Sinto-me humilhada por tê-lo beijado ontem à noite
Regressa crivado de balas dum tenebroso fuzil
Coserei as tuas feridas e te darei a minha boca
Ó bem-amado! Se voltares as costas ao inimigo, não regresses
Vai procurar refúgio num país distante
A Voz Secreta das Mulheres Afegãs
O Suicídio e o Canto
Versão de Ana Hatherly
cavalo de ferro
cesare pavese / uma obra não resolve nada
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18 de Agosto 1947
Uma obra não resolve nada, assim como o trabalho de uma geração inteira não
resolve nada. Os filhos – o amanhã – recomeçam sempre e i...
Há 2 horas





2 comentários:
Belíssimo e comovente poema.
Um beijo.
Olá Graça.
Um beijo e obrigada pela visita.
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