os homens não fazem a barba desde o luto
e sobre os cabelos emaranhados depositaram cinzas
constroem armadilhas para as aranhas fugidas dos ninhos
bebem águas tintas de desgostos
enrolam lenços diáfanos nos pescoços
cintos sem fivelas de vidros resplandescentes
sobre as ancas
os homens ainda não sabem chorar
e as teias dos inimigos enlaçam-lhes os tornozelos
recolhem nas mãos arroxeadas
o ar que lhes sai dos pulmões cansados
esquecem as aranhas e as teias
as cinzas os desgostos as fivelas
fecham os olhos amarelecidos pelo olvido
os homens
ainda
não sabem
chorar
mfs
carlos eurico da costa / a forma e o tempo
-
II
Eis-nos não porque houvesse necessidade de estar
Mas porque temos connosco a maturidade lúcida do espaço
E se quero dizer-vos que há uma paragem
Pa...
Há 2 horas
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