VELADO NOME
Não sei como se inicia uma ou outra lua
Na lucidez bizarra à beira
dos abismos, ravinas,
precípicios.
Vivendo na coreografia perfeita das asas
e dos nomes.
No peito de opúncias.
Flores.
No cimo de uma paisagem desolada.
Sobre campânulas
que rodam na face
incendiada.
Em frente às labaredas. Da febre que
fere e estilhaça.
Percorrendo,
nos olhos das estrelas,
as gelosias corridas, as fendas de luz.
Um só vislumbre
e a chuva aproxima-se
revolvendo
a essência mole, o molde de gesso.
Abrindo a amplitude
imensa
ao velado nome
que canta o peso, a volúpia, a leveza
extrema.
O corpo destruído.
No âmago da dália
( Jardins Imperfeitos)
Maria do Sameiro Barroso
Millenium
77 Vozes de Poetas Portugueses
Universitária Editora
emanuel jorge botelho / claro/escuro
-
faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário