A areia escorre da palma da
mão da
Mulher sentada nas dunas
onde a brisa
Se agita
dos olhos da mulher escorre
a tinta azul
Que tinge as águas
Mais abaixo
Das águas sobe uma neblina
Que se amontoa em graciosas
formas brancas
que se dissolvem
mais acima
a mulher arranca algumas
plantas rasteiras de
fulgurantes
flores carmim
levanta o braço
e lança-as
para o lado
dos seus lábios desce uma
linha
que engrossa
escorre
engrossa
e forma uma mancha
vermelha
vermelha
no seu vestido
branco
branco
ffg
álvaro de campos / poema de canção sobre a esperança
-
I
Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também ...
Há 2 horas
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