gostava de inventar palavras para outros pronunciarem
gulosamente
de olhos fechados
quando o sol fechava as portas
enfronhava-se nas trevas da casa como a toupeira
em terrosos túneis
ao lavar o rosto olhava-se no espelho
mimava cenas semelhantes de filmes
concedia à sua perfomance
o oscar espelhado
o globo de ouro velho
o cristal dos artistas inocentes
tudo lamentações
e oníricas visões de narciso gotejante
mfs
josé afonso / que amor não me engana
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Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noit...
Há 16 horas
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