o vento que rasga as vestes das estátuas decepadas
que rouba o orvalho dos rostos suspensos nas gotas
das chuvas entornadas em lagos de pálidas rosas
o vento que arranca as cascas dos frutos caídos
na terra voraz dos hortos
o vento que raspa as areias dos penhascos
leva consigo os suspiros dos lírios amarrotados
enrola em valsas furibundas os odores dos domingos
vazios
levanta até às lonjuras incandescentes
as asas de quartzos irrompendo dos costados
das leves gaivotas ululantes
o vento
mfs
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 1 dia





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