Há as planícies com ervas rasteiras
trigos
de vez em quando
árvores que choram sozinhas
girassóis
nuvens no horizonte azul
Cegonhas
Há o rasgão das estradas negras
Os açudes calados
Libélulas iridiscentes
Em valsas silenciosas
Ruínas que já foram habitadas
Quando o macadame era calcado
pelas rodas de carroças e
patas de mulas
há o extinto cantar de vozes
em uníssono
casas brancas
largas chaminés
degraus nas portas rasteiras
e o surdo ruir dos sonhos
ffg
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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