Há as planícies com ervas rasteiras
trigos
de vez em quando
árvores que choram sozinhas
girassóis
nuvens no horizonte azul
Cegonhas
Há o rasgão das estradas negras
Os açudes calados
Libélulas iridiscentes
Em valsas silenciosas
Ruínas que já foram habitadas
Quando o macadame era calcado
pelas rodas de carroças e
patas de mulas
há o extinto cantar de vozes
em uníssono
casas brancas
largas chaminés
degraus nas portas rasteiras
e o surdo ruir dos sonhos
ffg
ernesto sampaio / somos dos rios
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Somos dois rios
que se afastam em silêncio
e os anos acumulam
de um pó essencial
antes de desaparecer
para nunca mais
Já se perde
na corrente fortíss...
Há 1 hora
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