Há as planícies com ervas rasteiras
trigos
de vez em quando
árvores que choram sozinhas
girassóis
nuvens no horizonte azul
Cegonhas
Há o rasgão das estradas negras
Os açudes calados
Libélulas iridiscentes
Em valsas silenciosas
Ruínas que já foram habitadas
Quando o macadame era calcado
pelas rodas de carroças e
patas de mulas
há o extinto cantar de vozes
em uníssono
casas brancas
largas chaminés
degraus nas portas rasteiras
e o surdo ruir dos sonhos
ffg
bertolt brecht / da violência
-
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem.
*bertolt brecht*
*poemas*selecção e trad. de...
Há 12 horas





Sem comentários:
Enviar um comentário