Há as planícies com ervas rasteiras
trigos
de vez em quando
árvores que choram sozinhas
girassóis
nuvens no horizonte azul
Cegonhas
Há o rasgão das estradas negras
Os açudes calados
Libélulas iridiscentes
Em valsas silenciosas
Ruínas que já foram habitadas
Quando o macadame era calcado
pelas rodas de carroças e
patas de mulas
há o extinto cantar de vozes
em uníssono
casas brancas
largas chaminés
degraus nas portas rasteiras
e o surdo ruir dos sonhos
ffg
antonia pozzi / fogueiras de santo antónio
-
Labaredas na noite do meu nome
sinto arderem à margem
de um mar escuro –
e ao longo dos portos acenderem-se piras
de coisas velhas,
de algas e barcos
n...
Há 16 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário