os amantes intemporais olham as linhas desencontradas
nos horizontes nublados
ligeiros suspiros das andorinhas em voos rasantes
relembram-lhes os sonhos encapelados
quando o amor rugia nos sangues em revolução
as salgadas franjas das ondas que se esfarrapam
e esvoaçam junto aos pés dos enamorados silenciosos
transportam consigo os sons subterrâneos
dos profundos destinos escondidos na invisibilidade
nada permanece nas paisagens esfumadas
esboroam-se as memórias
caem os horizontes
calam-se as andorinhas
os sonhos desenham volutas esmaecidas
mfs
eugénio de andrade / aos inimigos
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Falta ainda trazer a estas páginas, nem que seja obliquamente, esses que
engordam com o ódio. Vêm ao anoitecer, no rastro lento da melancolia, a
enxú...
Há 14 horas