os amantes intemporais olham as linhas desencontradas
nos horizontes nublados
ligeiros suspiros das andorinhas em voos rasantes
relembram-lhes os sonhos encapelados
quando o amor rugia nos sangues em revolução
as salgadas franjas das ondas que se esfarrapam
e esvoaçam junto aos pés dos enamorados silenciosos
transportam consigo os sons subterrâneos
dos profundos destinos escondidos na invisibilidade
nada permanece nas paisagens esfumadas
esboroam-se as memórias
caem os horizontes
calam-se as andorinhas
os sonhos desenham volutas esmaecidas
mfs
ana hatherly / tipo h
-
I O PÉ NA CABEÇA
II O INTERREGNO
I
e estava na praia vejo aquele
formoso rapaz correndo admirável
depois correndo como um pássaro
sobre a água asas...
Há 17 horas